O conflito entre Israel e Hamas, iniciado em 7 de outubro, ganha novos contornos com o envolvimento de outros atores regionais. O analista sênior da CNN, Américo Martins, afirma que a guerra “já está regionalizada” no Oriente Médio, com a participação de diversos “agentes ocultos”.
No domingo (15), rebeldes Houthis do Iêmen lançaram um míssil contra o centro de Israel, ampliando as preocupações sobre a escalada do conflito. Essa ação provocou uma resposta imediata do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que prometeu retaliação, declarando que o ataque “não ficará barato”.
Múltiplos atores envolvidos
Martins destaca o papel do Irã como um “sujeito oculto” nessa guerra, apontando seu apoio ao Hamas e possível participação nos ataques de outubro. Além disso, o analista menciona os conflitos no norte de Israel e sul do Líbano envolvendo o Hezbollah, bem como as atividades militares israelenses na Cisjordânia.
Os rebeldes Houthis têm sido uma preocupação constante na região, não apenas pelo recente ataque a Israel, mas também por suas ações no Mar Vermelho. Nos últimos meses, navios comerciais que fazem a rota entre Ásia e Europa têm sido alvo de ataques, levando a operações militares contra posições Houthis.
A complexidade do cenário geopolítico no Oriente Médio se intensifica com esses novos desenvolvimentos. A guerra, que inicialmente parecia limitada ao conflito entre Israel e Hamas, agora envolve múltiplos países e grupos armados, aumentando os riscos de uma conflagração regional mais ampla.