O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, fez declarações contundentes sobre a situação no Líbano durante uma entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira (27). Segundo o diplomata, o país “foi sequestrado pelo Hezbollah’, grupo que ele classifica como uma organização terrorista.
Zonshine afirmou que o Hezbollah atua como “braço do Irã” no Líbano, sendo financiado, armado e treinado por Teerã. “A população do Líbano está pagando o preço por interesses do Irã no solo libanês”, declarou o embaixador.
Táticas de guerra e escudos humanos
O representante israelense também comentou sobre as táticas utilizadas pelo Hezbollah e pelo Hamas. Segundo ele, ambas as organizações atuam “por dentro do palácio”, usando civis palestinos na Faixa de Gaza e libaneses no Líbano como ‘escudos humanos’.
“É muito difícil atuar contra as forças terroristas de uma maneira que ninguém vai ser influenciado por causa disso”, explicou Zonshine, referindo-se aos desafios enfrentados por Israel ao tentar atingir alvos específicos sem causar danos colaterais.
Resposta às críticas sobre a atuação de Israel
Quando questionado sobre a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia Geral da ONU, de que “o direito de defesa não pode ser confundido com o direito de vingança”, o embaixador discordou veementemente.
“Não aceito isso”, afirmou Zonshine. Ele insistiu que Israel está tentando atingir alvos específicos, seja do Hamas na Faixa de Gaza ou do Hezbollah no território libanês, e não buscando vingança.
O embaixador concluiu ressaltando que Israel foi “convidado” a se envolver neste “jogo muito cruel do Irã e do Hezbollah”, sugerindo que o país não teve escolha senão responder às ameaças representadas por essas organizações.
Confira a entrevista na íntegra