O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, declarou em entrevista à CNN Brasil que seu país só aceitará um possível cessar-fogo se o Hezbollah retirar suas tropas do território libanês próximo à fronteira israelense.
Zonshine enfatizou a necessidade de cumprimento da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que determina a retirada do Hezbollah para 20 km ao norte do rio Litani, no Líbano. “De maneira que o Hezbollah vai aceitar, não só aceitar, mas vai retirar as forças deles lá no norte do rio Litânia, as coisas vão calmar e podemos chegar para cessar fogo nesse sentido”, afirmou o embaixador.
Ameaça de invasão e tensões na fronteira
O diplomata israelense alertou sobre a ameaça representada pelo Hezbollah, revelando que o grupo “preparou pelo menos seis tonéis para entrar e invadir Israel, do mesmo jeito que aconteceu no dia 7 de outubro pelo Hamas, na faixa de Gaza”. Zonshine ressaltou que a intenção do grupo não era pacífica, mas sim ‘matar israelenses”.
A declaração do embaixador ocorre em um momento de crescente tensão na fronteira entre Israel e Líbano, com trocas de fogo entre as forças israelenses e o Hezbollah. A proposta de cessar-fogo, apresentada pela França e pelos Estados Unidos, tem encontrado resistência por parte de ministros israelenses.
Zonshine reiterou que a implementação efetiva da Resolução 1701, que data de 2006, é fundamental para acalmar a situação. “Então, de maneira que vamos ver uma verdadeira intenção e ações do Hezbollah para cumprir esta resolução, acho que as coisas vão calmar muito do que acontece agora”, concluiu o embaixador.
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