Os militares israelenses ainda não sabem quantos civis foram mortos em seu ataque ao sul de Beirute, que dizem ter matado o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse um oficial militar israelense neste sábado (28).
“Ainda não sei os números”, disse o funcionário. Eles também se recusaram a comentar sobre o tipo de bombas usadas no ataque.
Quando questionado sobre que tipo de avaliação de danos colaterais as Forças de Defesa de Israel realizaram antes do ataque, o oficial disse: “Há uma discussão com um oficial de inteligência, um oficial de vigilância (e) um oficial jurídico”.
Caças israelenses atacaram o quartel-general do grupolibanês , localizado em uma área dos subúrbios ao sul da capital conhecida como Dahiyeh, disseram os militares israelenses em comunicado.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) alegaram que Nasrallah operava a partir do quartel-general e “promovia atividades terroristas contra os cidadãos do Estado de Israel”.
Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.
O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.