Hezbollah promete continuar lutando contra “o inimigo” após a morte de Nasrallah

Houve perda de comunicação com chefe do Hezbollah, diz fonte próxima ao grupo


O Hezbollah prometeu que “continuará a sua luta para enfrentar o inimigo” num comunicado neste sábado (28), depois de ter confirmado a morte do seu líder Hassan Nasrallah num ataque aéreo israelense em Beirute.

O grupo descreveu Nasrallah como um “mártir sagrado” que liderou o grupo desde 1992, dizendo que foi morto num “traiçoeiro ataque aéreo sionista nos subúrbios ao sul” da capital libanesa. Israel disse na manhã deste sábado que matou Nasrallah em um ataque aéreo no sul de Beirute na sexta-feira (27).

“A liderança do Hezbollah promete ao mais supremo, sagrado e querido mártir da nossa jornada, cheio de sacrifícios e mártires, que continuará a sua luta para enfrentar o inimigo, em apoio a Gaza e à Palestina, e em defesa do Líbano e seu povo firme e honrado”, disse o comunicado.

“Sua Eminência Sayyed Hassan Nasrallah, Secretário-Geral do Hezbollah, juntou-se aos seus grandes e eternos companheiros mártires, que liderou durante quase trinta anos, guiando-os de vitória em vitória”, continuou.

O canal de TV Al-Manar, de propriedade do Hezbollah, mudou para recitações do Alcorão, um gesto islâmico de declaração de luto.

O Hamas também emitiu uma declaração de luto por Nasrallah.

Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah

Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias.

Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.

A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.

Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.

Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.

No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.



by:cnnbrasil

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