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A agência norte-americana de classificação de risco Moody’s elevou a nota de crédito soberano do Brasil de Ba2 para Ba1.
A agência de rating reafirmou a perspectiva positiva para o país, que havia sido estabelecida em maio.
Com a melhora da classificação de risco, o Brasil está a uma nota do chamado grau de investimento, a nota de corte para que uma instituição ou país seja considerado um porto de investimentos seguros.
A Moody’s justificou sua decisão pela melhora do cenário de crédito do país, em decorrência do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Além disso, destacou reformas econômicas recentes no país, como a tributária, que deve melhorar o ambiente de negócios brasileiro, de modo a manter o crescimento forte no longo prazo.
O que chamou atenção é que a Moody’s destacou o compromisso do governo com a meta fiscal e a expectativa com a estabilização da proporção dívida/PIB do país para manter sua perspectiva positiva.
Em agosto, a dívida pública bruta do Brasil registrou leve aceleração, a 78,5% do PIB ou R$ 8,898 trilhões.
Na última quinta-feira (25), a agência de classificação de risco Fitch apontou que o bom desempenho econômico do Brasil não era suficiente para amenizar o temor sobre as contas públicas.
Para a Fitch, o desempenho fiscal brasileiro tem sido mais fraco do que o esperado em relação às projeções orçamentárias iniciais para 2024 e reforçou que o descompasso entre a política fiscal e o crescimento do PIB pode afetar sua nota “BB”.
Em entrevista à CNN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumentou que a avaliação da Fitch “não considera dois elementos fundamentais: a reoneração gradual da folha com as compensações exigidas pelo STF e o fim do Perse em 2025”.
Em agenda em Nova York no mês de setembro, Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participaram de reuniões com as principais casas de avaliação para entender como o Brasil vinha sendo visto lá fora.
Após esses encontros, o ministro da Fazenda afirmou que o Brasil estaria perto de retomar o grau de investimento, e que uma das três grandes agências de risco deveria elevar a nota do país ao longo do próximo ano.
“Evidentemente que cabe às agências de risco definir, mas os prognósticos da Fazenda são muito bons” disse Haddad, em Nova York.