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Apesar de parecerem iguais quando as observamos a olho nu, existem diferenças significativas entre os diversos tipos de estrelas no espaço. Por exemplo, as anãs marrons e as gigantes vermelhas possuem atributos bastante diferentes entre si.
Quando olhamos para o céu noturno, podemos observar milhares de pontinhos brilhantes que chamamos carinhosamente de estrelas. Porém, nem tudo o que brilha no céu é realmente uma estrela, ou corresponde ao clássico tipo de estrela que está no imaginário das pessoas.
As características mais importantes para diferenciar os tipos de estrelas incluem a cor e o brilho que elas emitem. Embora esses atributos possam ser percebidos a olho nu em algumas estrelas mais brilhantes e próximas, a observação detalhada exige o uso de instrumentos especializados, modelos computacionais e outros métodos espaciais.
A tecnologia atual já permite que cientistas e entusiastas utilizem ferramentas online para estudar estrelas que estão a milhares de anos-luz de distância da Terra. Contudo, a descoberta de novas estrelas, especialmente as mais distantes, ainda depende de observações mais complexas com telescópios espaciais modernos, como o James Webb.
Diferenças entre estrelas, anãs marrons e gigantes vermelhas
Segundo a Nasa (agência espacial norte-americana), os astrônomos estimam que existam entre 100 bilhões e 400 bilhões de estrelas na Via Láctea, enquanto o universo pode abrigar até um setilhão de estrelas — uma sequência de números que apresenta 24 zeros. Mas nem todas elas são iguais.
Estrelas
De acordo com a enciclopédia Britannica, uma estrela é qualquer corpo celeste massivo que emite luz por meio de fusão nuclear em seu interior. Apesar de observarmos milhares de estrelas no céu noturno, apenas uma pequena porção delas pode ser vista a olho nu.
As outras só podem ser observadas com a ajuda de telescópios, tanto terrestres quanto espaciais, que coletam dados de diferentes tipos de radiação, incluindo luz visível, infravermelha, e ultravioleta.
Estrelas pequenas queimam o combustível mais devagar e podem viver por até trilhões de anos, enquanto as mais massivas podem queimar mais rápido e deixar de existir em milhões de anos. Para ser considerada uma estrela, o objeto estelar deve possuir entre 0,08 e 100 vezes a massa do Sol.
Segundo a Nasa, o nascimento das estrelas começa em nuvens de gás e poeira chamadas nuvens moleculares (nebulosas). Quando essas nuvens colidem umas com as outras, podem entrar em colapso e liberar material que forma uma protoestrela. Inclusive, muitas estrelas nascem juntas e formam aglomerados estelares.
Após alguns milhões de anos, o processo interno de pressões e temperaturas intensas faz com que o núcleo da protoestrela comprima os átomos de hidrogênio, iniciando o processo de fusão nuclear para formar hélio. Assim, nasce uma estrela. Mas existem diversos estágios de uma estrela, como as gigantes vermelhas.
Gigantes vermelhas
Em uma publicação oficial, a Esa (agência espacial europeia) explica que uma gigante vermelha é uma fase avançada de uma estrela que já foi estável. O nascimento desse tipo de corpo celeste ocorre após a estrela esgotar o hidrogênio em seu núcleo; essa fase ocorre em estrelas com massas entre cerca de 0,8 e 8 massas solares (ou 80% a 800% da massa do Sol).
Pouco depois, o núcleo começa a se contrair e esquentar, e a fusão do hidrogênio começa em uma camada ao redor do núcleo. Isso faz com que a estrela inche e se expanda por até centenas de vezes. Por isso, as gigantes vermelhas são frias em sua superfície e apresentam coloração avermelhada. O Sol é uma das estrelas que se transformará em uma gigante vermelha; esse é o próximo estágio de sua evolução, mas isso deve demorar cerca de 5 bilhões de anos.
Normalmente, as gigantes vermelhas podem durar até um bilhão de anos, mas elas não representam o estágio final de uma estrela. Depois dessa categoria estelar, ela pode se transformar em uma anã branca.
Anãs marrons
As anãs marrons não são consideradas exatamente estrelas, pois estão na categoria de objetos subestelares. Ou seja, elas são corpos celestes que possuem massa entre a das menores estrelas e a dos planetas gigantes gasosos.
Esse tipo de subestrela pode ter até 70 vezes a massa de planetas como o gigante gasoso Júpiter, mas não possuem massa suficiente para sustentar a fusão nuclear de hidrogênio e não emitem brilho intenso como as estrelas estáveis. Também costumam ser chamadas de estrelas falhadas, ou estrelas fracassadas, por não emitirem tanto brilho.
Suas atmosferas são mais complexas e semelhantes às de planetas, e elas são mais difíceis de encontrar justamente porque sua luz visível é extremamente limitada. A primeira anã marrom descoberta, Gliese 229B, só foi encontrada em 1995.
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