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Cientistas encontraram um tipo de inseto que consegue dar cambalhotas para trás no ar, girando mais de 60 vezes a altura do seu corpo em um piscar de olhos. Com isso, descobriram que os colêmbolos globulares conseguem dar o mortal mais rápido do que qualquer outro animal conhecido na Terra.
“Leva apenas um milésimo de segundo para que o artrópode dê um mortal para trás a partir do solo, e eles podem atingir uma taxa máxima de 368 rotações por segundo”, relatou Adrian Smith, professor de biologia na Universidade Estadual da Carolina do Norte e chefe do laboratório de pesquisa de biologia evolutiva e comportamento no Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte.
“Quando os colêmbolos globulares saltam, eles não apenas pulam para cima e para baixo, eles fazem acrobacias no ar — é o mais próximo que você pode chegar de um salto do [personagem] Sonic na vida real”, disse o pesquisador.
Como é um inseto fácil de encontrar entre dezembro e março, o professor os coletou peneirando os restos de plantas do quintal de sua casa. Para os fazerem saltar, ele os iluminou com uma luz ou os cutucou levemente com um pincel para observar como eles decolavam, quão rápido e longe iam, e como aterrissavam.
“Se você tentar filmar o salto com uma câmera normal, o colêmbolo aparecerá em um quadro e, em seguida, desaparecerá. Quando você olha a foto de perto, pode ver rastros curvilíneos de vapor deixados para trás, onde ele girou durante um único quadro”, comentou Adrian Smith.
Para saltar, os insetos usam um apêndice chamado fúrcula que se abre para baixo e a ponta bifurcada empurra contra o solo, lançando-os em uma série de mortais para trás.
Observando o fato de que eles não saltarem para frente, foi indicado que esse comportamento é usando como um meio de escapar do perigo, em vez de uma forma de locomoção.
O estudo “Desempenho de salto e comportamento do colêmbolo globular Dicyrtomina minuta” foi publicada na revista Integrative Organismal Biology na última quinta-feira (29).
“Esta é a primeira vez que alguém faz uma descrição completa das medidas de desempenho de salto do colêmbolo globular, e o que eles fazem é quase impossivelmente espetacular”, concluiu Smith. “Este é um ótimo exemplo de como podemos encontrar organismos incríveis e amplamente não descritos vivendo ao nosso redor”.
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