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Israel tem intensificado seus ataques contra regiões no Líbano com significativa presença de população xiita e do grupo Hezbollah, de acordo com o analista de internacional Lourival Sant’Anna. Ele detalhou as áreas mais afetadas e as implicações estratégicas desses ataques.
O Vale do Beqaa, localizado na fronteira com a Síria, tem sido um dos principais alvos. “Além de ter uma população xiita muito grande, é campo de treinamento do Hezbollah”, explicou Sant’Anna.
A região também abriga uma considerável comunidade de brasileiros, incluindo até mesmo prefeitos em algumas cidades pequenas.
Ataques estratégicos e êxodo populacional
Além do Vale do Beqaa, outras áreas com forte presença xiita e do Hezbollah, como o sul do Líbano e as cidades de Tiro e Sidon, também têm sido alvos frequentes.
Lourival ressaltou que Israel está mirando em locais onde o Hezbollah se mistura com a população civil xiita, uma tática que o grupo utiliza estrategicamente.
“Os prédios, edifícios são de uso misto. Lá tem comandantes do Hezbollah, tem munição guardada e tem civis morando”, explicou o analista.
Essa situação complica as operações militares e aumenta o risco de vítimas civis.
O analista também destacou o êxodo populacional em curso, com muitas pessoas fugindo das áreas de conflito em direção ao norte do país.
“Essa estrada que sai da Beirute virou uma estrada de uma via só, virou uma highway, todo mundo fugindo de carro, de ônibus, de como consegue para o norte”, descreveu.
Possível invasão e capacidade de resistência do Hezbollah
Quanto à possibilidade de uma invasão israelense no sul do Líbano, Lourival alertou que a situação atual é diferente da de 2006, quando houve um conflito similar.
“Hoje o Hezbollah é muito mais forte do que naquela época”, afirmou, explicando que o grupo adquiriu experiência significativa durante a guerra na Síria.
O analista concluiu que, em caso de uma incursão israelense, o Hezbollah teria condições de realizar uma guerra de guerrilha robusta, potencialmente resultando em muitas baixas de ambos os lados.
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by:cnnbrasil