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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva gerou controvérsia ao comparar o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ao presidente russo Vladimir Putin, em relação a supostos crimes de guerra.
A declaração foi comentada pelo analista de internacional Lourival Sant’Anna, que apontou equívocos e possíveis motivações por trás das palavras do líder brasileiro.
Segundo Lourival, Lula confundiu a Corte Internacional de Justiça com o Tribunal Penal Internacional ao fazer a comparação.
O analista esclareceu: “A Corte Internacional de Justiça, a pedido da África do Sul, requereu uma investigação e exigiu que Israel previna um genocídio na faixa de Gaza. Isso foi em janeiro deste ano e a Corte Internacional de Justiça não pode julgar pessoas, ela só julga países”.
Diferenças cruciais entre os casos de Netanyahu e Putin
O especialista ressaltou que, enquanto há uma decisão da Corte Internacional de Justiça em relação a Israel para prevenir um possível genocídio, o caso de Putin é diferente.
“O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra Vladimir Putin porque ele ordenou o sequestro de crianças ucranianas que foram levadas para a Rússia”, explicou.
Lourival Sant’Anna questionou se a declaração de Lula seria resultado de má assessoria, falta de compreensão ou uma possível ação proposital.
“Parece que ele está querendo fazer uma equivalência falsa para justificar a afinidade, a amizade, o apoio que ele dá ao Putin”, afirmou o analista.
Implicações diplomáticas e legais
O comentarista alertou para as possíveis consequências da postura de Lula, que estaria tentando validar a presença de Putin durante G20 no Brasil.
“Se ele fizer isso [trazer Putin para o G20], ele vai estar violando a lei brasileira, porque o Brasil é signatário do Tratado de Roma, que tem a ver com o Tribunal Penal Internacional”, afirma Lourival.
A análise de Lourival sugere que a fala do presidente brasileiro pode ser uma tentativa de criar um “ambiente informacional” favorável à presença de Putin no G20, apesar das implicações legais e diplomáticas que tal ação poderia acarretar para o Brasil no cenário internacional.
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by:cnnbrasil