A analista de Internacional Fernanda Magnotta destacou que a principal crítica direcionada a Israel, tanto pelos palestinos quanto pela comunidade internacional, é a suposta desproporcionalidade da resposta aos ataques perpetrados pelo Hamas em outubro de 2023.
Durante o CNN 360°, Magnotta explicou que essa percepção de desproporcionalidade tem gerado preocupações sobre o impacto das ações israelenses na população palestina como um todo, não apenas nos grupos terroristas.
Solução de dois Estados
A analista ressaltou que atualmente existe um consenso na comunidade internacional de que uma saída para o conflito israelense-palestino passaria necessariamente pela “solução de dois Estados”.
Essa proposta prevê o reconhecimento de dois países autônomos, com lideranças próprias.
Contudo, Magnotta apontou desafios para implementação dessa solução, incluindo a fragmentação da liderança palestina entre a Cisjordânia e Gaza, governadas por diferentes autoridades.
Expectativas para o discurso de Netanyahu
Sobre a participação do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na Assembleia Geral da ONU, prevista para esta sexta-feira (27), Magnotta antecipou que ele provavelmente reafirmará a justificativa das ações de Israel como resposta ao ataque sofrido.
A analista também mencionou a possibilidade de Netanyahu fazer críticas a lideranças regionais que apoiam o Hamas e tentar justificar as ações israelenses aos olhos da comunidade internacional.
Magnotta destacou ainda as pressões que Netanyahu enfrenta, tanto internamente quanto de aliados como os Estados Unidos, para um possível cessar-fogo.
Segundo ela, o primeiro-ministro israelense precisa equilibrar ganhos estratégicos militares com as críticas à desproporcionalidade das ações de Israel no conflito.