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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta terça-feira (1°) que havia uma discussão em andamento sobre como Israel responderia ao ataque com mísseis balísticos do Irã. Biden acrescentou que as consequências para Teerã ainda não foram vistas.
O presidente afirmou que falaria com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e que o ataque do Irã parece ter sido ineficaz.
“Hoje, sob minha direção, os militares dos Estados Unidos apoiaram ativamente a defesa de Israel, e ainda estamos avaliando o impacto. Mas com base no que sabemos agora, o ataque parece ter sido derrotado e ineficaz. E isso é uma prova da capacidade militar israelense e dos militares dos EUA”, disse Biden.
O líder americano continuou dizendo: “Esperamos — não se enganem, os Estados Unidos apoiam totalmente Israel. E passei a manhã e parte da tarde na Sala de Crise reunindo-me com toda a minha equipe de segurança nacional e consultando os israelenses diretamente por causa de seu impacto sobre nós. A equipe de segurança nacional tem estado, como eu disse, em contato constante com autoridades israelenses e seus colegas.”
Entenda o conflito no Oriente Médio
O ataque do Irã contra Israel acontece em meio à guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah, grupo paramilitar libanês apoiado pelo governo iraniano.
A ofensiva ocorre um dia após o Exército de Israel iniciar uma “operação terrestre limitada” no Líbano.
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões no país vizinho. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.
Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
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by:cnnbrasil