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Uma equipe de astrônomos publicou um gigantesco mapa infravermelho da Via Láctea, com mais de 1,5 bilhões de objetos mapeados — o registro mais completo já feito de nossa galáxia.
Dentre os mais de 140 cientistas envolvidos, estão 14 brasileiros, inclusive o autor principal do artigo sobre o mapeamento, publicado no fim de setembro na revista Astronomy & Astrophysics.
“Este projeto constituiu um esforço monumental, apenas possível graças a uma grande equipe”, disse Roberto Saito, astrônomo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e autor principal do estudo.
O mapa recordista inclui mais de 200.000 imagens obtidas com o telescópio VISTA (Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy), equipamento do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) especializado em registrar grandes áreas do céu, localizado no Chile.
A câmera infravermelha do telescópio consegue observar o espaço para além da poeira e do gás que permeiam a nossa galáxia, conseguindo capturar a radiação emitida em regiões antes ocultas. O mapeamento atual registrou cerca de 10 vezes mais objetos do que um mapa publicado pela mesma equipe em 2012.
As observações tiveram início em 2010 e chegaram ao fim na primeira metade de 2023, abrangendo um total de 420 noites.
“Fizemos tantas descobertas que mudamos para sempre a visão que tínhamos da nossa galáxia”, disse Dante Minniti, astrônomo da Universidade Andrés Bello, no Chile, que liderou o projeto.
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