Carros elétricos podem atingir 24% do mercado da UE até 2025, diz T&E

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Os carros elétricos a bateria (BEVs, na sigla em inglês) vendidos na União Europeia devem atingir uma participação total de mercado entre 20% e 24% até 2025, principalmente devido aos preços de venda mais baratos, disse nesta terça-feira (17) a Transport & Environment (T&E).

As vendas de veículos elétricos na UE diminuíram nos últimos meses — para uma participação de mercado de 14% no primeiro semestre do ano — em parte devido às políticas divergentes sobre incentivos verdes em todo o bloco. Os reguladores, buscando proteger a indústria da UE, impuseram tarifas pesadas sobre carros chineses.

A Alemanha, maior mercado de veículos elétricos da União Europeia, introduziu incentivos em setembro para acelerar a transição verde.

A T&E, que em junho havia previsto uma participação de 21% para o ano que vem, projeta que as vendas aumentarão.

A organização — que reúne ONGs que atuam nas áreas de transporte e meio ambiente — disse que suas novas projeções levam em consideração a chegada esperada em 2024 e 2025 de sete novos modelos totalmente elétricos, com preços abaixo de 25 mil euros, representando de 10% a 15% do mercado de veículos elétricos a bateria no ano que vem.

Os veículos elétricos devem contribuir com cerca de 60% da redução de dióxido de carbono (CO2) que as montadoras exigem para atingir as metas de emissões da UE no ano que vem. Já as opções híbridas podem contribuir com 20% das reduções de emissões, afirmou a T&E.

Diante da queda na demanda por veículos elétricos e do aumento da concorrência dos carros chineses mais baratos, os fabricantes europeus pediram aos legisladores da UE que ativassem uma cláusula de crise que adiaria suas metas de CO2 em dois anos.

A T&E disse que os legisladores devem resistir a quaisquer movimentos para enfraquecer ou atrasar as metas de 2025-2030. Para a organização, a eletrificação deve ser sustentada por políticas nacionais sólidas.

“A liderança atual dos fabricantes chineses de veículos elétricos só mostra que quanto mais a UE proteger seus fabricantes de automóveis atrasados, menos competitivos eles serão”, disse a T&E.

Montadoras como Stellantis, Toyota, Renault e Mercedes-Benz ajustaram suas metas de eletrificação para baixo.

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