Coreia do Sul criminaliza assistir a deepfakes sexualmente explícitas

CNN Brasil


O legislativo sul-coreano aprovou na quinta-feira (26) um projeto de lei que criminaliza a posse ou visualização de imagens e vídeos deepfake sexualmente explícitos.

Tem havido protestos na Coreia do Sul por causa dos bate-papos em grupo do Telegram, onde deepfakes ilegais e sexualmente explícitos foram criados e amplamente compartilhados, gerando apelos por punições mais duras.

Qualquer pessoa que compre, guarde ou assista a esse tipo de material pode pegar até três anos de prisão ou ser multada em até 30 milhões de won (US$ 22.600), de acordo com o projeto de lei.

Atualmente, fazer deepfakes sexualmente explícitos com a intenção de distribuí-los é punível com cinco anos de prisão ou multa de 50 milhões de won (37.900 dólares) de acordo com a Lei de Prevenção da Violência Sexual e Proteção às Vítimas.

Quando a nova lei entrar em vigor, a pena máxima para tais crimes também aumentará para sete anos, independentemente da intenção.

O projeto de lei precisará agora da aprovação do presidente Yoon Suk Yeol para ser promulgado.

A polícia sul-coreana já tratou de mais de 800 casos de crimes do tipo neste ano, informou a agência de notícias Yonhap na quinta-feira.

Isso se compara aos 156 de todo o ano de 2021, quando os dados foram coletados pela primeira vez. A maioria das vítimas e perpetradores são adolescentes, diz a polícia.

No início deste mês, a polícia lançou uma investigação sobre o Telegram que irá verificar se o aplicativo de mensagens criptografadas foi cúmplice na distribuição de conteúdo deepfake sexualmente explícito.

Países ao redor do mundo estão lutando para saber como responder à proliferação de material deepfake.

O Congresso dos EUA está debatendo várias peças legislativas, incluindo uma que permitiria que as vítimas de deepfakes sexuais não consensuais processassem, e outra que criminalizaria a publicação de tais imagens e obrigaria as empresas de tecnologia a removê-las.

No início deste ano, a plataforma de mídia social X bloqueou os usuários de procurarem por Taylor Swift depois que imagens falsas sexualmente explícitas da cantora pop proliferaram nas redes sociais.

Governo Milei propõe redução da maioridade penal para 13 anos na Argentina



by:cnnbrasil

Compartilhe este post: