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A demora na entrega do pacote de cortes de gastos pelo governo federal gera mais pressão para a apresentação de um plano convincente, disse Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, em entrevista ao CNN Money nesta sexta-feira (15).
Para o especialista, o adiamento do anúncio das medidas para controle fiscal permite que agentes econômicos consigam analisar com mais calma pontos a serem enxugados, criando espaços para frustração.
“Nós primeiro precisamos de uma sinalização forte de que o tema está na agenda do governo, e depois queremos a substância. Um pacote de cortes de gastos puramente cosméticos não será o suficiente”, pontuou.
A entrega do pacote de gastos é aguardada pelo mercado há cerca de três semanas, após uma série de reuniões entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e representantes de pastas que serão impactadas pelas ações.
Igliori afirma que caso não haja corte de gastos, o arcabouço fiscal criado pelo próprio governo irá perder a confiança do mercado.
“O arcabouço já está perdendo a credibilidade ao longo deste ano, especialmente após a mudança da meta fiscal, em abril. Se não houver um pacote, não só o arcabouço perderá a popularidade, mas a postura do governo em relação à política fiscal”.
O economista pontua que o temor do mercado é que, em caso de queda de popularidade, o governo federal utilize a receita para tomar medidas eleitoreiras.
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