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O discurso do Irã na Organização das Nações Unidas (ONU), pedindo ajuda para condenar Israel, revela um momento de fragilidade do país persa, segundo o professor de Relações Internacionais da ESPM Leonardo Trevisan. Em entrevista ao Bastidores CNN, o especialista analisou o contexto geopolítico atual no Oriente Médio.
Trevisan afirmou: “O discurso dele de pedir ajuda na ONU para condenar Israel, nada mais é do que uma constatação do momento frágil do Irã. Não adianta tapar o sol com a peneira, o Irã está num momento absolutamente fragilizado”.
Ataques e contra-ataques
A análise do professor ocorre após uma série de eventos tensos na região. Na terça-feira (1º), o Irã atacou Israel com centenas de mísseis, um dia após Israel iniciar uma “operação terrestre limitada” no Líbano.
Trevisan ressaltou que, desde o dia 18 de setembro, quando começaram os ataques dos pagers do Hezbollah, a iniciativa no contexto do Oriente Médio tem pertencido a Israel.
O professor comparou a situação atual com uma imagem antes utilizada para descrever o Irã: “Era muito comum você repetir que o Irã era um povo, a cabeça do povo era o Irã e os tentáculos eram o Hamas, o Hezbollah, os xiitas na Síria e no Iraque, agora até mais recente os Houthis”.
Fragilidade iraniana exposta
Segundo o especialista, essa imagem voltou, mas com os “tentáculos” praticamente cortados, deixando o Irã isolado.
Trevisan citou um exemplo recente da vulnerabilidade iraniana: “No fim de semana, esses órgãos do Irã deram o mesmo recado, que estavam ajudando na retirada do Khamenei, do Irã. O motivo: era impossível para os militares iranianos protegerem seu líder máximo”.
O professor também mencionou que a inteligência militar israelense parece ter penetrado totalmente em Teerã, citando o assassinato de uma liderança do Hamas em um apartamento do governo iraniano.
Trevisan concluiu sua análise sugerindo que o pedido de ajuda do Irã na ONU tem um subtexto claro: “Me dê uma ajuda aí, segure um pouco Israel”. Esta declaração evidencia a posição defensiva e enfraquecida do Irã no atual cenário geopolítico do Oriente Médio.
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by:cnnbrasil