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As Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram nesta sexta-feira (4) que dois de seus soldados da Brigada Golani foram mortos no “norte de Israel” em um ataque de drone lançado do leste.
As IDF não especificaram quem suspeitam de realizar o ataque, mas disseram que aconteceu na quarta-feira (2), no mesmo dia em que a Resistência Islâmica no Iraque, um grupo guarda-chuva de vários grupos apoiados pelo Irã, afirmaram que conduziu ataques de drones em três alvos no que chamou de “operações separadas ao norte de nossos territórios ocupados”.
O Hamas elogiou o grupo por seu apoio ao povo palestino, dizendo que a operação de drones da Resistência Islâmica no Iraque teve como alvo forças israelenses nas Colinas de Golã ocupadas por Israel no nordeste, “resultando em mortes e ferimentos”.
A Resistência Islâmica no Iraque também disse que conduziu outros três ataques de drones nesta sexta-feira (4) nas Colinas de Golã e Tiberíades.
As Colinas de Golã são um planalto estratégico que Israel tomou da Síria durante a Guerra dos Seis Dias em 1967, antes de anexá-lo formalmente em 1981. Ele permanece sob controle do governo israelense e é considerado território ocupado por grande parte da comunidade internacional.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim do conflito. Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.
O que se sabe sobre o ataque do Irã contra Israel
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by:cnnbrasil