Sem energia elétrica. Sem comida. E não há estradas em funcionamento para sair com segurança das casas onde estão retidos.
Estas são as condições que alguns moradores da Carolina do Norte enfrentam em meio às piores inundações causadas pela depressão tropical Helene.
Jennifer Replogle, uma mãe grávida de dois filhos pequenos, está “completamente presa” na sua casa acima de Boone, em Tater Hill, Carolina do Norte, a 1.200 metros de altitude, onde inundações severas causadas por tempestades tropicais não são comuns.
“Não estávamos preparados para isso”, disse ela por mensagem de texto na manhã de sábado (28). “As estradas desapareceram, desapareceram completamente.”
A energia caiu desde sexta-feira (27), disse ela. Replogle disse que não tem comida e está ficando sem água.
As poucas estradas estreitas e sinuosas que ligam a montanha a Boone são intransitáveis.
“Nosso porão inundou ontem. Se eles não conseguirem alguém para nós logo, eu realmente não sei o que fazer”, disse Replogle.
Ela está preocupada com o negócio de encanamento e água que ela e seu marido possuem. Eles viram uma foto do estacionamento inundado da empresa e temem que “perderam quase tudo”.
Seus funcionários também ficam presos em casa ou com amigos, disse Replogle.
As autoridades do condado de Watauga declararam toque de recolher das 20h às 8h, de acordo com uma postagem na página do Facebook dos Serviços de Emergência do condado. A postagem citava “condições perigosas”, “estradas comprometidas” e “operações de emergência em andamento”.
E a cidade de Boone emitiu um aviso de aumento do nível de água na sexta-feira, de acordo com a página da cidade no Facebook.
Helene atingiu a Flórida pela primeira vez na noite de quinta-feira (26) como um furacão de categoria 4, destruindo casas e edifícios e cortando energia em todo o sudeste. A tempestade deixou pelo menos 62 pessoas mortas em cinco estados.
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