Ibovespa recua com IPCA-15 e expectativas por juros; dólar sobe

Ibovespa sobe 0,48% aos 132.792 pontos; dólar avança 0,16%

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Os principais indicadores do mercado brasileiro operam em queda nesta quarta-feira (25), com investidores analisando os impactos dos dados da prévia da inflação de setembro nos próximos passos da política de juros.

Por volta das 15h45, o Ibovespa operava com recuo de 0,45%, na faixa dos 131,5 mil pontos, em linha com clima negativo na Europa e Wall Street após avanços na véspera motivados pelo anúncio de estímulos na economia da China.

Na mesma hora, o dólar apresentava avanço de 0,46% contra o real, negociado ao redor de R$ 5,479.

Na terça-feira (24), diversos pares da moeda norte-americana, incluindo o real, ganharam sobre o dólar devido ao apetite por risco impulsionado pelo anúncio de um pacote de medidas de estímulo econômico na China, que tem sofrido com uma crise imobiliária e uma demanda interna fraca.

Esse impulso, no entanto, parecia se dissipar nesta sessão, com alguns analistas ponderando sobre o verdadeiro efeito do estímulo chinês, gerando queda nos preços de algumas commodities, como o petróleo.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou para 0,13% neste mês, abaixo da expectativa dos analistas. Em 12 meses, o indicador foi a 4,12%.

O setor de transportes foi o destaque ao recuar 0,08% – contra alta de 0,83% em agosto -, com deflação de 0,64% dos combustíveis.

Na ponta oposta, o segmento de habitação subiu 0,5%, o maior impacto do índice, puxado pelo encarecimento da energia elétrica, que registrou alta de 0,84% em setembro por conta da bandeira tarifária vermelha patamar 1 a partir deste mês.

Os dados servem para investidores recalibrarem suas expectativas para a inflação e tentar prever os próximos movimentos da política de juros após alta de 0,25 ponto na semana passada.

O Banco Central (BC) persegue meta de 3% neste ano e nos próximos, com tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo.

O resultado, que mostrou a inflação se aproximando um pouco do centro da meta, afastando alguns temores em relação à dinâmica futura dos preços no Brasil, reduziu as expectativas do mercado por uma alta agressiva na Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

Os dados desta quarta-feira também impactavam a curva de juros brasileira, particularmente no longo prazo, com o mercado vendo juros futuros menores diante da perspectiva de uma inflação abaixo do esperado para os próximos anos.

*Com informações da Reuters

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