Israel deve enviar recado ao Irã nos próximos dias, diz professor à CNN

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O professor de Relações Internacionais da ESPM Leonardo Trevisan, em entrevista ao Bastidores CNN, afirmou que Israel deve enviar um recado ao Irã nos próximos dias, mas a situação tende a permanecer como está.

Trevisan ressaltou que uma possível escalada do conflito poderia resultar em um aumento significativo no preço do petróleo, cenário que não seria favorável para o mundo neste momento.

De acordo com o especialista, os sinalizadores da situação atual estão presentes no discurso do próprio chanceler iraniano, que condenou as ações dos Estados Unidos e da França.

Trevisan destacou a importância da declaração do presidente Joe Biden, que na segunda-feira (30) anunciou o reforço da posição militar norte-americana no Oriente Médio.

Presença militar dos EUA como fator de estabilidade

O professor enfatizou o potencial militar dos Estados Unidos na região: “Quando a gente olha o potencial real norte-americano em relação a qualquer um daqueles jogadores, daqueles atores no Oriente Médio, sem dúvida nenhuma sabe do que Biden fala”.

Trevisan mencionou especificamente a presença do porta-aviões USS Gerald R. Ford na região, afirmando que “sozinho, só esse porta-aviões, com os destroyers que tem, com os cruzadores que tem e com os F-35 que tem, ele desequilibra qualquer jogo ali”.

Perspectivas para os próximos dias

Para os próximos dias, o especialista acredita que haverá um “jogo” para ver quem se posiciona.

Ele prevê que Israel enviará uma mensagem ao Irã, similar ao que foi feito em abril, mas que as tensões não devem escalar além disso.

Trevisan argumentou que o cenário econômico global não favorece um aumento significativo no preço do petróleo: “O mundo não está favorável para um petróleo saltando de preço. Ninguém tem interesse nisso, nem Estados Unidos, nem eleição americana. Imagine você, o petróleo saiu saltando de preço. Imediatamente o preço da gasolina sobe nos Estados Unidos”.

O professor concluiu que os Estados Unidos, quando querem “apertar”, sabem como fazê-lo, inclusive em relação ao próprio primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Ele acredita que haverá uma dosagem nas ações e que os EUA contarão com o auxílio da China para manter a situação sob controle.

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by:cnnbrasil

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