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O professor de Relações Internacionais da ESPM Leonardo Trevisan afirmou à CNN Brasil que Israel está em posição vantajosa no atual conflito com o Irã. Segundo o especialista, o recente ataque iraniano a Israel foi mais uma resposta às demandas internas do próprio Irã do que uma verdadeira ação de guerra.
Trevisan destacou que o ataque causou danos mínimos em território israelense, evidenciando a fragilidade atual do Irã no cenário internacional. “Israel está, para usar uma expressão popular, com a faca e o queijo na mão”, afirmou o professor, ressaltando a superioridade estratégica israelense neste momento.
Tensões internas no Irã
O especialista contextualizou a situação interna do Irã, mencionando as recentes eleições realizadas em agosto após a morte do líder Raize em um acidente de helicóptero. Nessa eleição, o candidato mais moderado venceu com 54% dos votos, derrotando o radical Saeb Jalide.
Trevisan explicou que Jalide chegou a cobrar publicamente o Aiatolá Khamenei, líder supremo do Irã, questionando a decisão de deixar a resposta a Israel a cargo do Hezbollah. Essa atitude, segundo o professor, demonstra a força dos radicais e as tensões internas que o governo iraniano enfrenta.
Ataque ‘coreografado’
O professor caracterizou o ataque iraniano como “coreografado”, ressaltando sua ineficácia. Segundo informações dos militares israelenses, foram lançados 120 mísseis de cruzeiro, mas nenhum deles chegou perto de seus alvos. O único ferido registrado foi um civil palestino na Cisjordânia, atingido por fragmentos de um dos mísseis.
Essa análise reforça a percepção de que o ataque teve mais um caráter simbólico e de política interna do que uma real intenção de causar danos significativos a Israel. A situação, conforme apontado por Trevisan, coloca Israel em uma posição de clara vantagem estratégica no conflito atual com o Irã.
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by:cnnbrasil