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Pessoas que vivem perto de um centro de pesquisa sobre chimpanzés na Guiné atacaram a instalação na sexta-feira (19) depois que uma mulher disse que um dos animais havia matado seu filho, disseram os gerentes do centro.
Uma multidão enfurecida saqueou o prédio, destruindo e incendiando equipamentos, incluindo drones, computadores e mais de 200 documentos, disseram os gerentes do centro.
Testemunhas oculares disseram que a multidão estava reagindo à notícia de que o corpo mutilado de uma criança havia sido encontrado a 3 km da Reserva Natural das Montanhas Nimba, que é um Patrimônio Mundial da UNESCO.
A mãe da criança, Seny Zogba, disse à Reuters que estava trabalhando em uma plantação de mandioca quando um chimpanzé apareceu por trás, mordeu-a e levou seu bebê para a floresta.
O ecologista local Alidjiou Sylla disse que a diminuição do suprimento de alimentos na reserva estava levando os animais a deixar a área protegida com mais frequência, aumentando a probabilidade de ataques.
O centro de pesquisa disse ter registrado seis ataques de chimpanzés a humanos dentro da reserva desde o início do ano.
As florestas da Guiné, Libéria e Serra Leoa, na África Ocidental, abrigam a maior população do chimpanzé ocidental, espécie criticamente ameaçada de extinção, cuja população diminuiu em 80% entre 1990 e 2014, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza.
Restam apenas sete na floresta Bossou, na Guiné, que faz parte da Reserva Natural das Montanhas Nimba e fica perto de comunidades agrícolas de subsistência da região de Nzerekore.
Os chimpanzés são respeitados na Guiné e tradicionalmente recebem presentes na forma de comida, o que leva alguns a se aventurarem para fora da área protegida e entrarem em assentamentos humanos, onde às vezes podem atacar.
As Montanhas Nimba também abrigam uma das maiores reservas de minério de ferro da Guiné, o que gerou preocupação entre ambientalistas sobre o impacto da mineração nos chimpanzés.
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by:cnnbrasil