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O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, disse que o ataque com mísseis contra Israel nesta terça-feira (1°) foi em defesa dos interesses e dos cidadãos do Irã. Ele também comentou no X que a operação foi “apenas uma parte do nosso poder”.
“Esta ação foi em defesa dos interesses e dos cidadãos do Irã. Para que [o primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu saiba que o Irã não é beligerante, mas permanece firme contra qualquer ameaça”, escreveu.
“Não entre em conflito com o Irã”, alertou.
Líder supremo do Irã faz alerta
Em uma mensagem publicada no X, o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, alertou em hebraico que os “golpes” contra Israel se tornariam “mais fortes e mais dolorosos”.
“Com a ajuda de Deus, os golpes ficarão mais fortes e mais dolorosos sobre o regime sionista”, declarou.
O ataque iraniano ocorre depois que Israel lançou uma operação terrestre limitada através da fronteira norte com o Líbano contra o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã.
Israel matou o líder do grupo, Hassan Nasrallah, em um ataque aéreo na sexta-feira (27), aumentando os receios de uma nova guerra regional.
Entenda o conflito no Oriente Médio
O ataque do Irã contra Israel acontece em meio à guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah, grupo paramilitar libanês apoiado pelo governo iraniano.
A ofensiva ocorre um dia após o Exército de Israel iniciar uma “operação terrestre limitada” no Líbano.
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões no país vizinho. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.
Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
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by:cnnbrasil