Professor de relações internacionais explica conflito entre Israel e Hezbollah

Professor de relações internacionais explica conflito entre Israel e Hezbollah


A morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, confirmada pelo próprio grupo, pode alterar significativamente o cenário geopolítico no Oriente Médio. O professor de Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense e pesquisador de Harvard, Vitélio Brustolin, analisou as possíveis consequências desse evento para o conflito entre Israel e o grupo libanês.

Segundo Brustolin, o próximo na linha sucessória do Hezbollah é Hashem Safiedine, primo de Nasrallah e treinado no Irã. Com cerca de 60 anos, Safiedine era responsável pelas finanças do grupo e já era cotado para suceder Nasrallah desde a década de 1990.

Conexões com o Irã e estratégia de grupos terroristas

O especialista destacou que Safiedine também seria primo, por casamento, do general iraniano Soleimani, morto pelos Estados Unidos há alguns anos. Soleimani foi responsável por elaborar a estratégia de fomentar grupos terroristas no Oriente Médio, como parte da política externa do Irã.

Brustolin explicou que o Irã financia diversos grupos, incluindo o Hezbollah, o Hamas, a Jihad Islâmica na Palestina e os Houthis do Iêmen, como instrumentos para atacar Israel indiretamente. Essa estratégia ganha ainda mais relevância diante da possibilidade de o Irã desenvolver sua primeira arma nuclear.

Impacto nas relações internacionais

O professor também abordou o papel dos Estados Unidos no conflito, lembrando que o país é o maior fornecedor de recursos financeiros e militares para Israel. Ele mencionou o recente pacote de quase 9 bilhões de dólares anunciado durante a visita de Netanyahu aos EUA.

Brustolin ressaltou que o ataque ao Hezbollah é visto pelos Estados Unidos como um ataque a um inimigo comum, já que o grupo é considerado um braço do Irã. Essa percepção pode influenciar a política externa americana e as eleições nos EUA.

Cenário político em Israel

Por fim, o especialista analisou como a morte de Nasrallah pode afetar a imagem do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Apesar das críticas internas por sua gestão da crise dos reféns do Hamas, o ataque ao Hezbollah pode aumentar sua popularidade em Israel, especialmente considerando que milhares de israelenses estão refugiados devido aos ataques do grupo na fronteira norte do país.

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by:cnnbrasil

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