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Para os moradores do Morro da Babilônia, uma favela no Rio de Janeiro, a geopolítica raramente entra nas conversas diárias.
Mas enquanto a cidade se prepara para receber na segunda-feira (18) os líderes do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo, os residentes esperam que um projeto em específico encontre seu lugar ao sol.
A uma curta distância da famosa praia de Copacabana, Babilônia tem ampliado lentamente o uso de energia solar desde 2015, com a Revolusolar, uma organização local sem fins lucrativos que instalou painéis para abastecer cerca de 50 casas em uma comunidade de menos de 4.000 habitantes.
No ano que vem, a organização espera expandir o projeto para 100 famílias a um custo de R$ 1,5 milhão.
A Revolusolar participou do G20 Social, um evento paralelo criado pela presidência brasileira no bloco para que grupos não governamentais participem do fórum global. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participou da cerimônia de encerramento do G20 Social neste sábado (16) ao lado da primeira-dama Janja Lula da Silva.
“Conseguimos entregar a ela um de nossos textos”, disse Adriano Hazad, morador da Babilônia e funcionário da Revolusolar, que aproveitou o evento como uma oportunidade para discutir planos com autoridades do Estado do Rio.
A organização, que também fornece energia solar para outras oito comunidades em todo o Brasil, incluindo uma comunidade indígena na floresta amazônica, espera que a visibilidade traga financiamento e apoio governamental para energia sustentável nas favelas.
“Quando somos vitrine para o mundo, acredito que é o momento de nos destacarmos e fazermos nosso projeto crescer”, disse Hazad.
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